Conduzir uma escola é um enorme desafio. Imaginem o início do ano letivo, com todo o planejamento para as aulas presenciais e todos os alunos encaminhados para casa por conta de uma pandemia. Foi uma grande transformação para nós: escola, pais e alunos. Mais do que nunca, foi preciso buscar formas de desempenhar novas práticas pedagógicas e se reinventar. Tivemos que aprender muitas coisas novas, sair da zona de conforto, buscar com a coordenação suporte e formação aos professores e dar conta ao atendimento aos pais e alunos.
Os aprendizados nesse período foram muitos, principalmente na apropriação e uso dos recursos tecnológicos pela equipe diretiva e pelos professores. Isto foi algo grandioso que a pandemia nos impulsionou a buscar. Tínhamos uma plataforma que complementava as atividades pedagógicas da sala de aula e ela precisou ser transformada em sala de aula online para atender os alunos. A nova rotina incorporou uma intensa comunicação via WhatsApp com as famílias e alunos, muitas reuniões virtuais e presenciais, seguindo protocolos de segurança; lives e postagens em redes sociais para que a comunidade escolar pudesse prestigiar os talentos e produções dos alunos.
Professores que não tinham o hábito de utilizar essas ferramentas, aprenderam a manuseá-las. E todos juntos, numa grandiosa troca, arrasaram no uso dos diversos aplicativos como: Mentimeter, Google Forms, Meet, Kahoot, trabalhos em vídeo, podcasts, contação de histórias, visitas on-line a museus e laboratórios, entre outros. Tudo isso para causar um clima de aula presencial e aproximar os alunos do professor.
Mesmo à distância, os projetos que já fazíamos presencialmente foram possíveis de serem desenvolvidos, com o apoio da coordenação pedagógica e professores de cada unidade. A participação ativa das famílias, nesse “novo normal”, foi determinante e indispensável. Mães, pais, tias, avós, dindas e irmãos dando suporte aos estudantes em suas casas, nas apresentações de trabalhos, nos relatos de vivências profissionais, no auxílio de uma receita culinária. Pais que assistiam aulas juntos com seus filhos para poderem ensiná-los; que montaram uma sala de aula em sua residência. Professores que procuraram, ainda mais, se colocar no lugar do outro, buscando alternativas quando faltava luz, internet e entre outras situações em que a empatia se fez mais forte. A escola invadiu a casa das famílias com as aulas remotas e está sendo uma troca de experiência significativa, colaborativa e de muito sucesso que queremos levá-la para o pós-pandemia.
A perspectiva do Novo CESI é que a tecnologia continue fazendo parte do nosso processo de ensino, como ferramenta capaz de potencializar e adaptar as vivências nos ambientes de aprendizagem – presencial ou extraclasse – e como aliada para o desenvolvimento das competências e habilidades dos alunos. O ensino precisa ser pensado não somente na sala de aula, mas em todos os espaços e ambientes. Família e escola unidas, interagindo e buscando juntas a construção do conhecimento, dos valores e princípios de cada aluno.
Alcenir Kleinibing e Osvaldo Kleinibing – Diretores do CESI Viamópolis e CESI Santa Isabel